
Espagiria
“Extrair aquilo que é Divino “
A Espagiria é uma ciência que antigamente foi chamada de Química. Com o tempo a Química foi se tornando sempre mais Positivista, assim como também a humanidade foi se tornando mais positivista. Dos gregos aos romanos a medicina se tornou muito mais material e depois, no Renascimento, nasceu a Química que conhecemos hoje em dia. Então, diz-se que a Espagiria é a avó da Química. (A Alquimia é de tal forma Espiritual que foge dessa possibilidade do Positivismo).
A palavra Espagiria nasce em 1500. Antes disso ainda não se tinha ouvido falar e ela aparece em alguns livros ou cartas de alunos de Paracelso ou de alunos de alunos. Estes alunos dizem que essa palavra foi inventada por Paracelso. Antes disso, a Espagiria se chamava Química; e muitos autores continuaram a chamá-la Química (por exemplo Lefèvre).
Um autor, dentre o que citam o termo Espagiria (originalmente Spagiria), disse que Espagiria vem da união de duas palavras gregas que são: spao e agheiro. Spao, significaria dividir, separar e agheiro, significaria reunir e daí, o termo deveria significar Solve et Coagula. No entanto, Paracelso não conhecia o grego, provavelmente conhecia pouco e mal o latim, falava e escrevia em línguas vulgares e as vezes nem mesmo escrevia, mas ditava. Ditava a algum aluno que depois escrevia na língua que queria. Às vezes ditava em alemão e o aluno escrevia em latim. (Ler os escritos de Paracelso sabendo disso é muito mais fácil porque se entende que uma transcrição de uma coisa que foi dita nunca é como uma que foi escrita). Além disso, provavelmente o aluno também conhecia pouco e mal o grego, pois, nunca se forma um neologismo unindo dois termos gregos quando o primeiro termina com o e o segundo começa com a sem criar no meio uma nova vogal. Então, se se une spao e agheiro, forma-se spaeghiria, ou spaighiria - com uma vogal no meio.
Mas se diz Spagiria e é assim que se escreve, então, provavelmente não são esses os termos originais. Além disso, spao, não significa dividir; significa arrancar, tirar, puxar para fora e portanto, não é dividir, mas extrair/puxar. O segundo termo, se unidos nessa forma, sem a vogal, poderia ser por exemplo, “geros” ou “geras” que significam “ancião”, que quer dizer, sábio, por ser pleno de conhecimento e experiência. “Geros” era também o presente Divino que era oferecido a Deus durante o sacrifício. “Geros” portanto, quer dizer também, Divino. Assim, se for esta a palavra, Espagiria significa “Extrair o presente de Deus”, “Extrair o dom de Deus”; extrair o que tem de sagrado naquela substância ou o que tem de mais antigo e o que tem, de mais antigo é o Arquétipo, logo, a própria divindade.
Assim, Espagiria é Arte de extrair as Qualidades Divinas, Arquetípicas que se exprimem através do indivíduo (a planta, mineral, etc...)
(extraído das aulas de Stefano Stefani,
São Gonçalo do Rio das Pedras, 2013)
(Per)Cursos

Modulo 1
Ânima, destilação de óleos essenciais

O curso de Destilação Artesanal de Óleos Essencias, introduz o aluno no Universo da Espagiria, apresentando o Principio Anima.
E um curso prático, interessado a todos os apaixonados pelas plantas aromáticas e pelo Reino Vegetal em geral.
Os alunos terão oportunidade de realizar na prática o processo completo da Extração do óleo essencial, que se inicia a partir da coleta das plantas no campo, preparo do material colhido, montagem do equipamento de destilação e acompanhamento de todo o processo.
Modulo 2
Mercúrio

No módulo II, os alunos que já fizeram o módulo 1 na Escola de Espagiria são introduzidos o conceito do "Princípio Mercúrio" no Reino Vegetal.
O "mercúrio", no Reino Vegetal se manifesta no álcool que é produzido pela própria planta.
E o Espírito que é produzido por uma planta não será nunca igual ao produzido por uma outra planta (ainda que quicamente seja sempre álcool). Por esse motivo, na Espagiria se procura nunca usar o álcool de cana ou o álcool de cereais nas suas preparações, mas o álcool da própria planta.

Modulo 3
Sal
Os alunos que já concluíram o modulo 1 e 2 agora avançam para o Sal.
O "Sal" é a parte mais pesada e sólida do vegetal. É o conteúdo de minerais e sais que as raízes, por osmose, absorvem do terreno e trazem como substãncia de reserva. Pode ser também capturado pelas folhas que, durante a fase da respiração, o "capturam" junto a anidrida carbônica.
Este Sal é obtido através do processo da Calcinação, onde se "manda embora" todas as "impurezas". Lixiviação e Coagulação completam o trabalho da Purificação do Sal para que este possa então retornar ao produto final. O módulo 4 é destinado apenas aos alunos que já concluíram os módulos anteriores.